Aquarela
do Brasil
(Ary Barroso)
Solo
instrumental de Karin Fernandes
O
bêbado e a equilibrista
(João Bosco e
Aldir Blanc)
Caia a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona de um bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco!
Louco, um bêbado com chapéu coco
Fazia irreverências mil
Na noite do Brasil, meu Brasil
Que
sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora a nossa pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarices
No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança dança
Na corda bamba de sombrinha
E em cada passo desta linha
Pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar
Vozes,
violões, tambores, arranjo: Luli e Lucina
Teclados: Karin Fernandes
Arranjo para teclado: Sheila Zagu
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